O artigo faz uma leitura de “O canto do Piaga”, de Antonio Gonçalves Dias. Essa leitura intenta mostrar a existência de um diálogo entre a mitologia indígena e o imaginário cristão expresso no Apocalipse de São João.
    Para além do viés nacionalista, tal diálogo explicita a consciência do poeta em relação ao seu papel no Romantismo brasileiro e, ao mesmo tempo, confere um traço universal à sua obra poética.
Palavras-chave: Gonçalves Dias; Indianismo; “O canto do Piaga”.

Disponível em Revista Letras & Letras (UFU); Nº 22 Jan-Jun, 2006, p. 175 a 191.
http://www.letraseletras.ileel.ufu.br/include/getdoc.php?id=390&article=103&mode=pdf
(Acesso em 17/09/2010)

# No Scribd:
O índio e o destino atroz. - Wilton José Marques (Pós-doutorando IEL/Unicamp) - Wilton José Marques (Pós-doutorando IEL/Unicamp)


(...) A prosódia começou a ocupar lugar de destaque desde as primeiras gramáticas sobre o português. Em 1540, na Gramática da Língua Portuguesa, diz João de Barros que os latinos “partem a sua Gramática em quatro partes: em Ortografia, que trata da letra; em Prosódia, que trata de sílaba; em Etimologia, que trata da dicção, e em Sintaxe, a que responde a construção, à imitação dos quais, (por termos as suas partes), dividimos a nossa Gramática” (p. 60)

Fonte: Palavras - Revista da Associação de Professores de Português, n.º 28, 79-98.
Esta dissertação apresenta as extensões polissêmicas concernentes às formações X-eiro do português do Brasil. Com base no arcabouço teórico da Linguística Cognitiva, principalmente, nas propostas de Lakoff (1987), Lakoff & Johnson (1980) e Silva (2006), elaboramos uma rede polissêmica nos moldes de Almeida & Gonçalves (2006) a fim de analisarmos os possíveis processos metafóricos e metonímicos envolvidos na diversidade de acepções que esse sufixo pode assumir em nossa língua (p. ex.: “biscoiteira” - agente, recipiente, excesso). Reorganizamos os grupos semânticos para esse formativo, os quais já foram determinados, anteriormente, por outros autores (cf. Marinho, 2004; Almeida & Gonçalves, 2006; entre outros), respaldando-nos, sobretudo, em Rosch (1975).Além do estabelecimento da rede, propomos um continuum entre as acepções estabelecidas com o intuito de sistematizarmos a polissemia do sufixo. Para esta análise, fundamentamo-nos em Gonçalves et alii (2009), buscando apresentar a irrefragável influência de nossas capacidades cognitivas para a formação linguística e seus efeitos polissêmicos presentes, também, no âmbito da morfologia.
PALAVRAS-CHAVE: Categorização, Polissemia, Metáfora, Metonímia, Linguística Cognitiva.

Fonte:
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas da Universidade Federal do Rio de Janeiro como quesito para a obtenção do Título de Mestre em Letras Vernáculas (Língua Portuguesa). (2010)
Orientador: Professor Doutor Carlos Alexandre Victório Gonçalves
Co-orientadora: Professora Doutora Maria Lucia Leitão de Almeida
Esta pesquisa tem como objetivo analisar como duas coleções de materiais didáticos apresentam o ensino de gramática. São elas: Português: Leitura, Produção e Gramática, de Leila Lauar Sarmento (2002) e Português: linguagens, de William Roberto Cereja e Tereza Cochar Magalhães (2002). Elas foram escolhidas sob o critério de serem as trabalhadas em uma escola particular e nas escolas estaduais, respectivamente, do município de Nova Esperança (Noroeste do Paraná). Como o conteúdo gramatical é extremamente extenso, selecionamos os volumes destinados às 5.ªs e às 6.as séries, bem como os conteúdos referentes a nomes (substantivos e adjetivos) e verbos. Desenvolvemos esse trabalho porque temos conhecimento de que, quando se fala na questão da gramática, o que se encontram são opiniões as mais divergentes possíveis. Temos, por um lado, professores reclamando que os alunos não conseguem transferir para seus textos os conhecimentos gramaticais estudados nas “aulas de gramática”; outros que escutam falar que não é para continuar ensinando gramática tradicional, mas não conhecem outra forma de procedimento; além daqueles que acham as novas teorias muito bonitas, mas, na prática, sentem dificuldades em sistematizá-las. Frente a essa situação, optam, quase sempre, por manter o trabalhado baseado naquilo em que sentem segurança: o ensino tradicional de gramática. Em decorrência dessa atitude, temos, por outro lado, alunos dizendo, constantemente, que não gostam de gramática, que “português é difícil”, entre outras. Para fundamentar o trabalho, no sentido de esclarecer dúvidas e minimizar inquietações a esse respeito, utilizamo-nos de autores que demonstram algumas concepções sobre o ensino de Português; dentre eles, temos: Franchi (1991), Neves (1999), Perini (1997), Possenti (1996), Suassuna (1995), Parâmentros Curriculares Nacionais (PCNs). Além disso, estudamos sobre questões estruturais de Língua Portuguesa, sobretudo as relacionadas ao objeto da pesquisa (nomes e verbos), baseando-nos em Macambira (1987), Mattoso Câmara (1975), Perini (1996). Por fim, explicitamos a análise da teoria e das atividades gramaticais apresentadas nos livros didáticos e apresentamos algumas sugestões de uma outra forma de trabalhá-las. Travaglia (2002 e 2003) e Mattoso Câmara (1975) foram autores de fundamental importância no desenvolvimento dessa última parte, uma vez que foi a partir do que eles apontam nas obras cujos títulos constam nas referências do trabalho que conseguimos unir teoria e prática. Em outras palavras, conseguimos apontar sugestões metodológicas para trabalhar com o que já haviam demonstrado as teorias: a gramática funcional, reflexiva. Ao fim do trabalho, verificamos que os autores dos livros didáticos evidenciam uma prática de gramática teórica e normativa, com pouquíssimas inserções de atividades reflexivas. Com as sugestões demonstradas, porém, esperamos que os professores tenham conseguido compreender a característica metodológica que pensamos ser eficiente para formar leitores e produtores de textos e utilize-as, não detendo-se somente àquelas demonstradas nos materiais didáticos.
Palavras-chave: Livro didático, Gramática, Ensino.

Fonte:
Dissertação apresentada como requisito para obtenção do título de mestra, ao Programa de Pós-Graduação em Letras, área de concentração “Estudos lingüísticos, vinculado ao Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, da Universidade Estadual de Maringá. (2004)
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maria Regina Pante
http://www.ple.uem.br/defesas/pdf/rbsmoura.pdf
(Acesso em 25/06/2011)


Abordagem gramatical nos livros didáticos: Análises e sugestões. - Renata Boregas Santini de Moura (UEM)
Entender o significado prático do que os PCNs (1999) preconizam em relação a competências e a habilidades torna-se uma preocupação nossa, enquanto profissionais do ensino. Logo, o objetivo desta pesquisa, à luz da Lingüística Aplicada, a qual permite o apoio na Lingüística Textual e na Gramática Funcional, é analisar, primeiro, como se tem viabilizado o ensino de gramática para que o aluno venha a dominar as modalidades lingüísticas de expressão; segundo, entender qual é a concepção de linguagem que orienta esse estudo, hoje, em sala de aula; e, por fim, perceber se é possível trabalhar esse conteúdo de forma reflexiva. Nesse sentido, o corpus a ser pesquisado será um dos instrumentos que auxilia na construção desse processo cognitivo-discursivo: o material didático usado pelos professores. Nele estão as marcas da prática, envolvendo a língua e, por conseguinte, a concepção de gramática, adotada pelos docentes. Assim, escolhemos duas unidades do material apostilado adotado pelo Colégio Nobel, em que as categorias gramaticais são evidenciadas e, dentre as várias classes de palavras, optamos pela delimitação na do substantivo, por geralmente ser um conteúdo ministrado de forma bastante mecânica, com a cobrança da regra pela regra, e até com a apresentação de noções semânticas, formais e funcionais equivocadas ou pelo menos tangenciais. O material complementar produzido pelos professores, a fim de ajudá-los em sua prática diária, também será pesquisado, por conter as diretrizes que conduzem o ensino de língua materna no ambiente escolar. Desse modo, servirá como suporte para esta análise a Gramática da Língua Portuguesa (Vilela e Koch, 2000), e a Gramática de Usos do Português (Neves, 2000).
Palavras-chave: Lingüística Aplicada; ensino de língua materna; gramática.

Fonte: Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Lingüística Aplicada (Mestrado), como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre.
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Marilurdes Zanini
Área de Concentração: Ensino-aprendizagem de Língua Materna, Universidade Estadual de Maringá – PR. (2003)
http://www.ple.uem.br/defesas/pdf/madkraemer.pdf
(Acesso em 25/06/2011)

* Material Didático: A gramática que se revela. - Márcia Adriana Dias Kraemer (UEM)
Para se ter uma visão mais completa do ofício enquanto gênero textual, isto é, como uma das materializações do discurso institucional e como uma ação retórica  tipificada (Miller, 1984) é preciso que se proceda a uma análise do contexto de sua produção e recepção. Na vida da burocracia institucional, a utilização do discurso é marcada, e mesmo determinada, pelas restrições e relações de força que ali se realizam; daí serem a linguagem e os gêneros administrativos tão regrados e padronizados, tendo a sua escrituração regulada através de normas, manuais oficiais e guias específicos. O ofício é um dos componentes das grandes teias de poderes e ações burocráticas existentes nas instituições públicas e, por extensão, nas organizações privadas. Nessa perspectiva, e utilizando-se, de forma adaptada, alguns construtos da crítica retórica, esta comunicação apresentará um estudo em que foram analisadas as condições de produção dos 48 ofícios do corpus estudado, através da apreciação de quatro elementos fundamentais que têm influência considerável nas interações que se realizam no contexto em estudo. São eles: a exigência (o problema ou questão à qual o texto se  relaciona), a audiência (a pessoa real ou institucional a quem se dirige o orador ou locutor), o gênero (o tipo de texto apropriado para a ocasião) e a credibilidade do orador (a posição social do orador em relação à audiência buscada).

Fonte: 4.o Siget - Simpósio Internacional de Gêneros Texuais, 2007, Tubarão. Anais Proceedings do 4.o Siget. Tubarão - SC : Maxprint, 2007. v. Único. p. 1451-1460.
http://www3.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/cd/Port/89.pdf
* Análise crítica e sócio-retórica dos elementos enunciativos do ofício: Gênero Textual da correspondência oficial. - Maria Inez Matoso Silveira (Universidade Federal de Alagoas)
A nossa preocupação, em relação às questões que envolvem o ensino da língua, recai, entre outras, sobre o tratamento didático-metodológico dispensado ao trabalho com o gênero e, atrelado a este, ao ensino da gramática, tanto pelo professor como pelo livro didático. Tendo em vista às intervenções teóricas contemporâneas em relação à concepção (sócio)interacionista da linguagem, os professores, um tanto quanto desorientados em relação aos procedimentos didáticos que “devem”, então, adotar, têm se apegado ao Livro Didático (LD) até como referência organizadora do currículo escolar, selecionando conteúdos, determinando sua progressão e até definindo estratégias e metodologias de ensino. Diante disso, se considerarmos o espaço da sala de aula como o lugar onde se deve promover a linguagem por meio da interação entre seus sujeitos, e a atividade do professor como mediadora nesse processo, a nossa preocupação com o uso livro didático faz-se necessária, assim como com a concepção de linguagem que permeia esse ensino, determinando o encaminhamento das atividades lingüísticas. Afinal, que tratamento os LDs estão dando ao gênero? E a gramática, como está sendo enfocada? Preocupados, portanto, com essa realidade, nos propomos a analisar dois livros didáticos aprovados pelos MEC e, consequentemente, inseridos no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD 2007), a fim de verificar o trabalho proposto com os gêneros e com a gramática. Partindo dessa realidade, apresentamos uma proposta de trabalho, organizada em forma de Seqüência Didática, que tem como pretensão apresentar um encaminhamento didático-metodológico de trabalho, tendo o gênero como seu objeto de ensino.
Palavras-chave: gêneros; texto; livro didático.

Fonte: ABRAHÃO, Maria Helena Vieira; GIL, Gloria; RAUBER, Andréia Schurt (Orgs.). Anais do I Congresso Latino-Americano sobre Formação de Professores de Línguas. Florianópolis, UFSC, 2007.
http://www.cce.ufsc.br/~clafpl/29_Terezinha_Costa_Hubes.pdf


* Gênero textual, Texto e Gramática sob qual enfoque no livro didático. - Terezinha da Conceição Costa-Hübes (Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE / Cascavel)
(...) Há aproximadamente uma década, surgiram os primeiros registros de diários na internet. Desde então, os servidores de weblogs tiveram um aumento significativo de usuários. Qualquer indivíduo com acesso à internet pode criar o seu próprio weblog, blog ou blogue (termo adotado por parte dos falantes da Língua Portuguesa). Originalmente utilizados como diários, os blogues passaram a atender às mais diversas finalidades e abordar temas como política, educação, esporte e cultura. Muitos autores publicam crônicas, contos e poesias, tornando seu conteúdo essencialmente literário. Todos os tipos de discursos se cruzam, numa rede de intertextualidades força a quebra do preconceito contra o não-erudito. Apesar de serem considerados por grande parte dos estudiosos uma forma inferior de publicação, muitos blogues têm textos bem escritos e possuem conteúdos literários que tratam de temas de imprescindível relevância, o que os torna um novo conceito de produção literária, que poderia propiciar uma quebra de barreiras entre os estudos acadêmicos e a produção popular.

Fonte: BAROSSI, L. Gêneros e Formas Literárias nos Blogues. Revista ARTEFACTUM, v. 2, p. 6-15, 2009.
http://www.rafrom.com.br/portal/index.php?view=article&catid=56%3Aliteratura&id=248%3Ageneros-e-formas-literarias-nos-blogues&tmpl=component&print=1&page=&option=com_content&Itemid=62
(Acesso em 21/12/2010)

* Gêneros e Formas Literárias nos Blogues. - Luana Barossi (USP)
Este estudo propõe uma abordagem ao estudo da crônica como um exercício reflexivo em quatro eixos: a) o que é a crônica; b) a linguagem da crônica: c) a tipologia da crônica e d) a crônica no Brasil. A fundamentação teórica desenvolve-se com um olhar a partir de Martins (1985) entre outros estudiosos do gênero. Martins afirma que: a crônica e: “um fazer em trânsito entre o jornalismo e a literatura, e nutre-se do instigante diálogo com o leitor”. O estudo pretende também averiguar as possibilidades e os limites da crônica como texto de análise compreensiva no campo dos estudos literários. É de cunho bibliográfico e procura auferir, ao gênero crônica, um novo “status” tal qual outros gêneros consagrados, embora Antonio Candido afirme que uma literatura não se faz apenas com grandes cronistas.
Palavras-chave: Crônica. Jornalismo. Literatura.

Fonte: Revista Científica Plural; Edição 002. Julho 2008.
http://paginas.unisul.br/agcom/revistacientifica/artigos_2008b/eloisa_moura.pdf
(Acesso em 21/12/2010)


* Estudo da Crônica. - Eloísa Silva Moura
O presente trabalho surgiu da necessidade de repensar o processo de categorização, no qual está inserida a classe dos substantivos, mais especificamente os concretos e abstratos relacionados ao campo da religiosidade. Isso porque é notável a dificuldade entre os falantes em explicar o que sejam os mesmos e, sobretudo, quais elementos tais categorias abarcam. Definiu-se para tanto a teoria advinda da sociocognição, a fim de repensar o legado formalista.
Palavras-chave: Substantivos; Abstrato; Concreto; Semântica Cognitiva; Religiosidade.

Fonte: Revista Gatilho (UFJF), Ano V, Volume 9, Março 2009.
http://www.ufjf.br/revistagatilho/files/2009/12/VOLUME-9-Uma-abordagem-semantico-cognitiva.pdf
(Acesso em 25/06/2011)

Este ensaio discute a fronteira entre o “ser” enquanto nome e o “ser” enquanto verbo. Feitas algumas considerações teóricas sobre o tema, algumas bibliografias didáticas são estudadas em função desta distinção.

Fonte:
Revista Linguagem em (Dis)curso, volume 1, número 1, jul./dez. 2001
http://www3.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/0101/13.htm
(Acesso em 25/06/2011)

Substantivo e ser. - Lisette Fernandes Figueiredo
Este artigo discute a noção de abstratização e concretização que envolve os substantivos. Apresenta definições de substantivos abstratos e concretos adotadas por gramáticos. Leva em consideração a proposição de Martin (1996), que defende o fenômeno de abstratização/concretização dentro de uma abordagem escalar; e a de Rocha (2003), em que se apresentam critérios de concretização de substantivos abstratos.
Palavras-chave: Palavras)chave: substantivos abstratos; substantivos concretos; critérios de concretização; graus de concretização/abstratização.

Fonte: Revista (Con)textos Linguísticos - Vol 2; p. 5-23; 2008.
(Acesso em 25/06/2011)

E o nome abstrato existe? - Lúcia Helena Peyroton da Rocha (UFES)
Os livros didáticos de Língua Portuguesa, assim como as suas gramáticas normativas e pedagógicas, apresentam as regras de acentuação gráfica de uma forma extremamente fracionada e impregnada de exceções, desmoralizando os professores mais atentos à lógica que levou a essas regras e desmotivando os alunos. Em primeiro lugar, observemos que a acentuação gráfica é uma normatização da lógica gramatical, estabelecida estatisticamente a partir de sua fonética básica, que acentua naturalmente a penúltima vogal nas palavras com as terminações fracas a, as, e, es, o, os, am, em e ens.
As palavras que ferirem a natureza da língua são acentuadas graficamente porque o acento gráfico foi criado para marcar o deslocamento da acentuação natural da palavra.
Palavras-chave: Ortografia, Acentuação, Leitura, Ensino, Gramática

Texto resultante de uma palestra proferida no 4° Congresso da Pós-Graduação em Letras da UERJ – São Gonçalo, no dia 15 de dezembro de 2006, e na Reunião do CiFEFiL, no dia 14 de abril de 2007.]
Fonte: Revista Philologus Ano 13 n° 37
http://www.filologia.org.br/revista/37/01.htm (Acesso em 28/10/2010)

Um estudo sobre as características especiais das fricativas coronais não podia deixar de contemplar um capítulo sobre a sílaba, visto que em muito dos processos fonológicos, algumas das questões problemáticas acontecem no domínio da sílaba, resultado da hierarquia e organização deste constituinte prosódico, nomeadamente no âmbito das regras fonotácticas. Assim, procurámos obter uma definição de sílaba, analisar os seus constituintes, a sua organização e os princípios pelos quais se rege. Em suma, tentámos encontrar a resposta para a questão da importância da sílaba na teoria fonológica.

Fonte: elingUP - Revista electrónica de linguística dos estudantes da Universidade do Porto; Vol. 1 - N. 1; 2009; p. 37-59
http://cl.up.pt/elingup/vol1n1/abstract/abstract_3.html
(Acesso em 28/10/2010)
 
* A importância da sílaba: uma reflexão fonológica. - Isabel Henriques (Faculdade de Letras da Universidade do Porto)
    Temos por objetivo fazer uma leitura de Esaú e Jacó, de Machado de Assis, procurando estabelecer uma relação intertextual com a série literária e com a série social. De antemão, sabemos que esta relação não acontece de forma imitativa, mas parodística.
    A paródia é uma forma dialética de comunicação entre o texto literário e o(s) “texto(s)” extraliterário(s) em que o discernimento crítico se faz presente. A intertextualidade acontece na medida em que perturba o sentido do texto primeiro, seja literário ou não, fazendo com que o clichê seja transformado.
    Machado de Assis pontilha toda a intriga de Esaú e Jacó com os dados do cotidiano, não levados em conta pela historiografia oficial. Dentro desta concepção, que é da “Nouvelle Histoire”, não existem fatos históricos fora de um contexto infinito de intrigas. E o romancista, neste momento, confunde-se com o historiador, ao valorizar o homem, enquanto ser problemático, em sua singularidade, na coletividade.

Disponível em Letras em foco. Anais da II Semana de Letras e da VI Semana de Lingüística e Filologia. Tomo II: Literatura. São Gonçalo: DEL(UERJ) / CiFEFiL, 2000.
Link: http://www.filologia.org.br/pub_outras/sliit02/sliit02_65-74.html
(Acesso em 14/04/2011)
(...) O amor cortês, como bem afirma Natália Correia, “insere-se num complexo ideológico que determina a Renascença e a Reforma, surgindo como a síntese encontrada pelo homem pré-renascentista para se furtar a um poder desfigurante de sua individualidade.” (CORREIA, 1978, P. 24) Isto porque a divisão em corpo e alma impossibilita ao ser atingir a sua síntese, a plenitude de sua identificação, tornando-o mais suscetível de pressões externas. Uma vez reintegrada essa plenitude, “vive em regime de androginato, de unificação, e não teme enfrentar a autoridade paterna do deus, assim como o estatuto terreno que a reflete”.(CORREIA, 1978, P.24) Por tudo isso, deve-se reconhecer que o amor trovadoresco não promove um ajuste entre a realidade e o conceito de amor. De certa forma, porém, torna-se um conceito que busca operar sobre essa realidade, transformando-a sobretudo a partir da valorização do princípio feminino, da posição de destaque que confere à mulher. Na verdade, a submissa posição feminina converte-se em fonte de inspiração do amor capaz de reintegrar a personalidade do homem perante a autoridade que o descaracteriza. Daí o caráter revolucionário do amor cortês, uma “invenção” que surgiu e desapareceu durante a idade média, mas cujos ecos podemos perceber em toda a literatura posterior, até os nossos dias.

Letras em foco. Anais da II Semana de Letras e da VI Semana de Lingüística e Filologia. Tomo II: Literatura. São Gonçalo: DEL(UERJ) / CiFEFiL, 2000.

Link: http://www.filologia.org.br/pub_outras/sliit02/sliit02_93-98.html
(Acesso em 14/04/2011)
Este ensaio tenta provar que a Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, ao privilegiar a natureza tropical como metáfora da representação nacional, além de se inserir no tradicional projeto de edenização da natureza local, por si só acabou construindo uma tradição própria dentro das letras brasileiras.

Disponível em Revista Letras (UFPR), Volume 60, 2003.
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/letras/article/view/2859/2341
(Acesso em 17/09/2010)


# No Scribd:
O poema e a metáfora. (Wilton José Marques) - Wilton José Marques (Pós-doutorando IEL/Unicamp)

(...) O gênero, como categoria nominal, pode seguir diversos critérios de classificação, de acordo com a língua que o organiza. Câmara Jr. registra, como exemplo, a língua malaia, que distribui o seu léxico, segundo o gênero, na classe dos seres humanos, na dos bichos de cauda, na dos frutos (que inclui os navios, as ilhas e os lagos), na dos grãos com todos os objetos redondos, etc.[2] O fato de os navios, entre outras palavras, estarem incluídos na classe dos "frutos" mostra a precariedade que pode estar presente nos critérios de distribuição das palavras de uma língua em classes mórficas.

Fonte:
Revista Eletrônica do Instituto de Humanidades (UNIGRANRIO); Vol. II, Nº VI; Jul-Set/2003.
(Acesso em 24/12/2010)

* O gênero do português e suas relações morfo-semânticas. - Prof. Mauro José Rocha do Nascimento (UNIGRANRIO)
No presente trabalho, propomo-nos analisar a flexão de número dos nomes terminados em ditongo nasal em português europeu à luz da Fonologia Lexical. O nosso estudo pretende discutir o estatuto fonológico do ditongo nasal e da vogal nasal presente nos nomes em português europeu, identificar o processo fonológico responsável pela derivação de ambos e verificar se a pluralização dos nomes terminados em ditongo nasal é um fenómeno regular, apesar da variedade de manifestações de superfície, e previsível a partir das formas teóricas de base. Dado que na flexão de número dos nomes terminados em ditongo nasal em português europeu se regista uma interacção entre processos morfológicos e fonológicos, optámos pelo modelo teórico da Fonologia Lexical.
Concluímos que o processo de nasalização por estabilidade, que opera no pós-léxico, gera o ditongo nasal e a vogal nasal. De acordo com este processo, a nasal subespecificada é desassociada, por não possuir traços articulatórios, dando origem a um autossegmento nasal que é preservado como flutuante, graças ao efeito da estabilidade, um dos princípios da Fonologia Autossegmental, até ser reassociado ao núcleo de onde percola até atingir as vogais que o compõem.
Fonte: Dissertação apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto para obtenção do grau de Mestre em Linguística no âmbito do Curso Integrado de Estudos Pós-Graduados em Linguística. (2009)
Orientador da dissertação:
Prof. Doutor João Veloso.
http://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/23174/2/tesemestanaferreira000093456.pdf
(Acesso em 24/12/2010)

 
* Flexão de Número dos Nomes Terminados em Ditongo Nasal à luz da Fonologia Lexical. - Ana Silvina de Sousa Ribeiro Ferreira (Universidade do Porto)
(...) A questão que aqui se apresenta, apesar de ser uma reflexão numerosas vezes discutida em sala de aula com os alunos do Departamento de Letras da UERJ, foi sistematizada pela primeira vez na Moderna Gramática Portuguesa do Prof. Evanildo Bechara. Por isto, grande parte deste artigo já está na exposição daquele ilustre acadêmico, mesmo quando não vai entre aspas aqui. Ora, em português, todo substantivo está dotado de gênero, que se distribui entre os masculinos e os femininos.

Fonte: Letras em foco. Anais da II Semana de Letras e da VI Semana de Lingüística e Filologia. Tomo I: Língua, Lingüística e Filologia. São Gonçalo: DEL(UERJ) / CiFEFiL, 2000, p. 9-27.
(Acesso em 24/12/2010)

O gênero gramatical é uma categoria nominal extremamente particular e complexa, responsável pela divisão, na língua portuguesa, dos nomes em masculinos e femininos. Partindo de um estudo maior, que busca averiguar como se dá o ensino do gênero no ensino fundamental, o presente trabalho pretende verificar os conceitos de gênero que os alunos possuem. A amostra da pesquisa conta com um total de dezesseis alunos – quatro de cada série investigada (2a, 4a, 6a e 8a séries) – oriundos de duas escolas públicas do município de Maringá/PR, aos quais foram aplicadas provas distintas e entrevistas individuais, a fim de analisar como o conceito de gênero gramatical vem sendo compreendido nessas séries. Os resultados obtidos revelam que em todas as séries há predominância, por parte dos alunos, do uso do conceito semântico em detrimento do gramatical. Este desempenho sugere a existência de confusão conceitual gênero/sexo neste grau de ensino.
Palavras-chaves: educação; categoria de gênero; conceitos.

Fonte: Revista Linguagem & Ensino,v.10,n.1,p.141-162,jan-jun/2007.
http://rle.ucpel.tche.br/php/edicoes/v10n1/05Fabiana.pdf
(Acesso em 24/12/2010)
 

* A predominância do conceito semântico nas definições de gênero de alunos do ensino fundamental. - Fabiana Poças Biondo; Edson Carlos ROMUALDO; Geiva Carolina Calsa (Universidade Estadual de Maringá)
(...) Os substantivos servem para designar uma vasta e variada série de noções concebidas pelo intelecto humano, cuja sistematização não compete à gramática. Do ponto de vista gramatical, tradicionalmente se consideram relevantes distinções como concreto x abstrato, próprio x comum, animado x inanimado. Na subclasse dos substantivos animados é comum encontrarmos pares como homem/mulher, gato/gata, carneiro/ovelha, rei/rainha, que nossa tradição escolar transformou na razão por excelência da análise gramatical do gênero.
A verdade, porém, é que todo e qualquer substantivo pertence a um gênero, e não apenas os que denotam seres animados. O excesso de importância tradicionalmente concedida a essa subclasse se explica pela confusão que se fez entre gênero – que é uma categoria gramatical – e a noção bioló gica, portanto extralingüística, de sexo. Este equívoco já estava resolvido desde os trabalhos pioneiros de Manuel Said Ali (1861; 1953), mas ainda resta uma certa confusão em obras recentes destinadas ao ensino médio.

Fonte: Anais do II CLUERJ-SG; Volume Único; Ano 2; n.º 01; 2005.
É comum identificar-se o início do «Português Moderno» ou «Português Clássico» com meados do século XVI, mais frequentemente com 1536, data da publicação da Gramática de Fernão de Oliveira, já que « parece confortavelmente seguro promover a primeira gramática portuguesa a primeiro testemunho da língua na sua fase clássica» (Castro, 1991:243).
Com efeito, é neste período que a língua portuguesa começa a adquirir a sua feição actual. Se bem que haja já superação de alguns aspectos mais arcaizantes1 a verdade é que – relativamente ao género – se está ainda um pouco num período de transição. É frequente, aliás, encontrarmos neste século, tal como em Português antigo, algumas hesitações de género («cortandolhe as pernas lançouas a huma lebre [...] porque ho lebre[...]», J. Ferreira de Vasconcelos cap.18, 104), adjectivos hoje uniformes como biformes, por exemplo, «ruda forca» (Camões, Os Lusiadas, II, 65), etc.
De qualquer modo, a partir deste período começa a haver uma maior proximidade, em relação ao Português actual, no que se refere também ao género, embora a fixação definitiva seja, em muitos casos, posterior a esse século.

Fonte: In: Estudos em homenagem ao Professor Doutor Mário Vilela; 527 - 544; Porto: FLUP.
(Acesso em 24/12/2010)

* A categoria gramatical de género do português antigo ao português actual. - Maria Carmen de Frias e Gouveia (Universidade de Coimbra / C.E.L.G.A.)
Neste sucinto trabalho, não teríamos a pretensão de uma discussão mais exaustiva dos temas abordados (pela proposta da monografia em si), mas tão somente tecer algumas considerações sobre o gênero nos substantivos da L.P., culminando na afirmativa da inexistência de flexão nos mesmos, tema este que, não obstante numerosas discussões, só recentemente foi sistematizado, na Moderna Gramática Portuguesa do ilustre acadêmico, Prof. Evanildo Bechara.

Fonte: Revista Philologus, Ano 6; n° 16; p. 26-36.
“Quando é preciso especificar o sexo do animal, ajuntamos ao seu nome promiscuo, debaixo do mesmo artigo, o adjetivo explicativo macho e fêmea, dizendo: o elephante macho, o elefante femea, a onça macha, a onça femea, etc.”. (BARBOSA, 1881, p.88).
Jerônimo Soares Barbosa não incorre no equívoco em que veio a incorrer a gramática tradicional, que, nos casos mencionados na citação acima, fala em distinção de gênero. Na realidade, os nomes ou são masculinos ou femininos, os termos macho ou fêmea lhes são acrescentados para distinção de sexo. Para isso veio a alertar Mattoso Camara Jr.

Fonte: Artigos/ensaios disponibilizados na página de Hilma Ranauro.
Este artigo pretende apresentar uma discussão sobre a categoria de gênero com base na análise de exemplos do Português do Brasil (PB) no âmbito da língua comum e da linguagem de especialidade. Os casos de ‘meninada’ e ‘molecada’, da língua comum, e ‘a cultivar’, pertencente à terminologia das ciências agrárias, serão enfocados com base em uma teorização prévia sobre a categoria de gênero em diversas línguas e, especificamente, no PB. Serão considerados, também, aspectos que se relacionam à Lexicografia.
Palavras-chaves: gênero, português do Brasil, terminologia, Lexicografia.

Fonte: R e v i s t a  P r o l í n g u a; Volume 2; Número 2; p. 24-37; Jul/Dez de 2009.
O objetivo deste trabalho é investigar a base conceitual que professores do Ensino Fundamental possuem sobre a categoria nominal de gênero. Para tanto, a partir de estudos sobre a categoria de gênero e a compreensão conceitual, analisamos as verbalizações a respeito do tema, coletadas por meio de entrevistas, de um total de oito professores de duas turmas das 2a, 4a, 6a e 8a séries, atuantes em uma escola pública da cidade de Maringá-PR. Os resultados demonstram que, de modo geral, os entrevistados, embora apresentem a relação da categoria com “masculino e feminino” e com os “substantivos”, quando são solicitados a definir gênero gramatical, confundem-se e mostram-se bastante inseguros. Além disso, para a diferenciação do gênero masculino e feminino, encontramos a variação do uso de apenas um até três critérios, quais sejam: o sexo; a terminação (flexão/derivação) e o artigo (concordância). Os resultados mostram, ainda, que a maioria dos professores tem domínio da nomenclatura referente à categoria de gênero nominal, no entanto, alguns deles não conseguem justificar a relação e os limites que separam dois dos conceitos básicos que envolvem o trabalho com o tema: o gênero gramatical e o sexo dos seres.
Palavras-Chave: Gênero gramatical. Compreensão conceitual. Professores.

Fonte: Revista Línguas & Letras; Vol. 11; No 20; 1º Semestre de 2010.
(Acesso em 24/12/2010)


* A compreensão do gênero gramatical por professores do ensino fundamental: imprecisão conceitual. - Edson Carlos Romualdo (Doutor em Letras pela UNESP – docente da graduação e da pós-graduação da Universidade Estadual de Maringá (UEM); Fabiana Poças Biondo (Mestra em Letras pela UEM e docente da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul)
(...) O nome próprio, na condição de signo lingüístico, deve merecer o mesmo cuidado dispensado às demais unidades lingüísticas, especialmente no contexto literário. Conceituado como elemento de individuação, o nome próprio designa um único objeto identificado num ato de fala. É a marca lingüística pela qual a sociedade toma conhecimento do indivíduo. Tal função designativa aponta-o como elemento estritamente denotativo, característica esta que lhe é peculiar, no dizer de John Stuart Mill, segundo o qual somente os nomes comuns, além da denotação, podem conotar certos atributos e certas formas externas, o que os coloca em franca oposição aos nomes próprios.

Fonte: Cadernos do CNLF, Série IV, nº 07; 2000.
(Acesso em 24/12/2010)

* Os Antropônimos em Machado de Assis: uma leitura morfossintática. - Tânia Maria Nunes de Lima Câmara (UNAM)
Este artigo enfoca usos de antropônimos (nome próprio, apelido e pseudônimo) como elementos coesivos. Neste breve estudo, alguns usos de antropônimos utilizados em textos jornalísticos são analisados sob o ponto de vista onomástico, enfatizando-se os valores culturais, sociais e históricos desses usos. Os dados apresentados são resultados parciais de uma pesquisa mais ampla cujo objetivo é analisar textual e retoricamente os mecanismos de coesão lexical utilizados numa amostra de textos jornalísticos vinculados por três revistas brasileiras (Isto é, Época e Veja) durante o segundo semestre de 2008.
Palavras-chave: Semântica. Onomástica. Linguística Textual.

Fonte: Revista Fórum Linguístico; Vol. 5; Nº (2); p. 23-35, Florianópolis; jul-dez; 2008.
http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/forum/article/viewPDFInterstitial/11216/11029
(Acesso em 24/12/2010)

* Usos de Antropônimos como elementos coesivos. - Márcia Sipavicius Seide (Universidade Estadual do Oeste do Paraná)
Nesta comunicação, não pretendemos dar a última palavra sobre os grandes debates teóricos acerca do termo topônimo e de seu hiperônimo, nome próprio. Outrossim, tentaremos revisar parte do que se tem discutido e promover uma aproximação do sentido atual desses termos. Em determinado momento, exporemos um conceito apriorístico de topônimo, com base no qual analisaremos outras questões sobre esse termo e, ao final, elencaremos uma lista de traços que o caracterizam.

Fonte: Comunicação ministrada no XII Congresso Nacional de Estudos Filológicos e Lingüísticos - CIFEFIL, no Instituto de Letras da UERJ.

http://www.filologia.org.br/xiicnlf/textos_completos/Em%20busca%20de%20uma%20caracteriza%C3%A7%C3%A3o%20geral%20do%20top%C3%B4nimo%20-%20RICARDO.pdf
(Acesso em 24/12/2010)

* Em busca de uma caracterização geral do topônimo. - Ricardo Tupiniquim Ramos (UCSal, UFBA, UNEB)
É do saber geral que a língua é o principal revelador da cultura e da história de qualquer grupo humano constituído socialmente. E o acervo lexical, como parte significativa da língua, tem sido abordado por diversos pesquisadores, que intentam evidenciar traços, marcas que caracterizem ou revelem matizes sócio-culturais de determinadas comunidades. A Toponímia, ou Toponomástica, é uma das sub-áreas da Onomástica responsável pelo estudo etimológico e semântico dos nomes próprios de lugares (acidentes geográficos físicos e humanos). Dado o alcance interdisciplinar inerente ao seu objeto de estudo – o topônimo – as pesquisas toponímicas (ainda em pequeno número no Brasil) têm adquirido grande valorização entre os ramos científicos, principalmente, os de caráter lingüístico. Os topônimos, como unidades terminológicas que são, comportam em seu bojo características que refletem a cosmovisão de uma sociedade: evidenciam necessidades, revelam interesses, refletem aspectos linguo-culturais, muitas vezes desaparecidos ou desconhecidos pelos membros sociais: trata-se de uma simbiose entre língua e cultura, que desemboca, exatamente, no conhecimento dos fatos revelados por esses signos onomásticos.

Fonte: Guardadas algumas diferenças estruturais e conteudísticas, originalmente o presente artigo foi apresentado em palestra realizada na Universidade Federal do Acre, como parte das atividades que integraram a II Jornada Nacional de Lingüística e Filologia da Língua Portuguesa (2008) – Evento promovido pelo CiFEFiL/UFAC. (Observação do autor)
http://www.palpitar.com.br/download.php?file=COMO_APLICAR_A_TOPON%C3MIA_EM_SALA_DE_AULA.pdf
(Acesso em 24/12/2010)

* Como aplicar a toponímia em sala de aula. - Alexandre Melo de Sousa (Doutor em Lingüística. Professor de Língua Portuguesa e Lingüística da Universidade Federal do Acre/UFAC).