Esta dissertação apresenta as extensões polissêmicas concernentes às formações X-eiro do português do Brasil. Com base no arcabouço teórico da Linguística Cognitiva, principalmente, nas propostas de Lakoff (1987), Lakoff & Johnson (1980) e Silva (2006), elaboramos uma rede polissêmica nos moldes de Almeida & Gonçalves (2006) a fim de analisarmos os possíveis processos metafóricos e metonímicos envolvidos na diversidade de acepções que esse sufixo pode assumir em nossa língua (p. ex.: “biscoiteira” - agente, recipiente, excesso). Reorganizamos os grupos semânticos para esse formativo, os quais já foram determinados, anteriormente, por outros autores (cf. Marinho, 2004; Almeida & Gonçalves, 2006; entre outros), respaldando-nos, sobretudo, em Rosch (1975).Além do estabelecimento da rede, propomos um continuum entre as acepções estabelecidas com o intuito de sistematizarmos a polissemia do sufixo. Para esta análise, fundamentamo-nos em Gonçalves et alii (2009), buscando apresentar a irrefragável influência de nossas capacidades cognitivas para a formação linguística e seus efeitos polissêmicos presentes, também, no âmbito da morfologia.
PALAVRAS-CHAVE: Categorização, Polissemia, Metáfora, Metonímia, Linguística Cognitiva.

Fonte:
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas da Universidade Federal do Rio de Janeiro como quesito para a obtenção do Título de Mestre em Letras Vernáculas (Língua Portuguesa). (2010)
Orientador: Professor Doutor Carlos Alexandre Victório Gonçalves
Co-orientadora: Professora Doutora Maria Lucia Leitão de Almeida

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