Temos por objetivo fazer uma leitura de Esaú e Jacó, de Machado de Assis, procurando estabelecer uma relação intertextual com a série literária e com a série social. De antemão, sabemos que esta relação não acontece de forma imitativa, mas parodística.
A paródia é uma forma dialética de comunicação entre o texto literário e o(s) “texto(s)” extraliterário(s) em que o discernimento crítico se faz presente. A intertextualidade acontece na medida em que perturba o sentido do texto primeiro, seja literário ou não, fazendo com que o clichê seja transformado.
Machado de Assis pontilha toda a intriga de Esaú e Jacó com os dados do cotidiano, não levados em conta pela historiografia oficial. Dentro desta concepção, que é da “Nouvelle Histoire”, não existem fatos históricos fora de um contexto infinito de intrigas. E o romancista, neste momento, confunde-se com o historiador, ao valorizar o homem, enquanto ser problemático, em sua singularidade, na coletividade.
A paródia é uma forma dialética de comunicação entre o texto literário e o(s) “texto(s)” extraliterário(s) em que o discernimento crítico se faz presente. A intertextualidade acontece na medida em que perturba o sentido do texto primeiro, seja literário ou não, fazendo com que o clichê seja transformado.
Machado de Assis pontilha toda a intriga de Esaú e Jacó com os dados do cotidiano, não levados em conta pela historiografia oficial. Dentro desta concepção, que é da “Nouvelle Histoire”, não existem fatos históricos fora de um contexto infinito de intrigas. E o romancista, neste momento, confunde-se com o historiador, ao valorizar o homem, enquanto ser problemático, em sua singularidade, na coletividade.
Disponível em Letras em foco. Anais da II Semana de Letras e da VI Semana de Lingüística e Filologia. Tomo II: Literatura. São Gonçalo: DEL(UERJ) / CiFEFiL, 2000.
Link: http://www.filologia.org.br/pub_outras/sliit02/sliit02_65-74.html
(Acesso em 14/04/2011)