É do saber geral que a língua é o principal revelador da cultura e da história de qualquer grupo humano constituído socialmente. E o acervo lexical, como parte significativa da língua, tem sido abordado por diversos pesquisadores, que intentam evidenciar traços, marcas que caracterizem ou revelem matizes sócio-culturais de determinadas comunidades. A Toponímia, ou Toponomástica, é uma das sub-áreas da Onomástica responsável pelo estudo etimológico e semântico dos nomes próprios de lugares (acidentes geográficos físicos e humanos). Dado o alcance interdisciplinar inerente ao seu objeto de estudo – o topônimo – as pesquisas toponímicas (ainda em pequeno número no Brasil) têm adquirido grande valorização entre os ramos científicos, principalmente, os de caráter lingüístico. Os topônimos, como unidades terminológicas que são, comportam em seu bojo características que refletem a cosmovisão de uma sociedade: evidenciam necessidades, revelam interesses, refletem aspectos linguo-culturais, muitas vezes desaparecidos ou desconhecidos pelos membros sociais: trata-se de uma simbiose entre língua e cultura, que desemboca, exatamente, no conhecimento dos fatos revelados por esses signos onomásticos.

Fonte: Guardadas algumas diferenças estruturais e conteudísticas, originalmente o presente artigo foi apresentado em palestra realizada na Universidade Federal do Acre, como parte das atividades que integraram a II Jornada Nacional de Lingüística e Filologia da Língua Portuguesa (2008) – Evento promovido pelo CiFEFiL/UFAC. (Observação do autor)
http://www.palpitar.com.br/download.php?file=COMO_APLICAR_A_TOPON%C3MIA_EM_SALA_DE_AULA.pdf
(Acesso em 24/12/2010)

* Como aplicar a toponímia em sala de aula. - Alexandre Melo de Sousa (Doutor em Lingüística. Professor de Língua Portuguesa e Lingüística da Universidade Federal do Acre/UFAC).

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