(...) Os substantivos servem para designar uma vasta e variada série de noções concebidas pelo intelecto humano, cuja sistematização não compete à gramática. Do ponto de vista gramatical, tradicionalmente se consideram relevantes distinções como concreto x abstrato, próprio x comum, animado x inanimado. Na subclasse dos substantivos animados é comum encontrarmos pares como homem/mulher, gato/gata, carneiro/ovelha, rei/rainha, que nossa tradição escolar transformou na razão por excelência da análise gramatical do gênero.
A verdade, porém, é que todo e qualquer substantivo pertence a um gênero, e não apenas os que denotam seres animados. O excesso de importância tradicionalmente concedida a essa subclasse se explica pela confusão que se fez entre gênero – que é uma categoria gramatical – e a noção bioló gica, portanto extralingüística, de sexo. Este equívoco já estava resolvido desde os trabalhos pioneiros de Manuel Said Ali (1861; 1953), mas ainda resta uma certa confusão em obras recentes destinadas ao ensino médio.
A verdade, porém, é que todo e qualquer substantivo pertence a um gênero, e não apenas os que denotam seres animados. O excesso de importância tradicionalmente concedida a essa subclasse se explica pela confusão que se fez entre gênero – que é uma categoria gramatical – e a noção bioló gica, portanto extralingüística, de sexo. Este equívoco já estava resolvido desde os trabalhos pioneiros de Manuel Said Ali (1861; 1953), mas ainda resta uma certa confusão em obras recentes destinadas ao ensino médio.
Fonte: Anais do II CLUERJ-SG; Volume Único; Ano 2; n.º 01; 2005.
(Acesso em 24/12/2010)
* A flexão nominal e a formação de gênero do substantivo no português. - José Carlos de Azeredo (UERJ)
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